quinta-feira, 4 de junho de 2009

Reflexões sobre a obra daquele bandido que sabia Latin

Fernando Gonzalez

Na edição de junho, o Café Filosófico no Trianon relembrou a poesia de Paulo Leminski. Organizado pelo professor Francisco Nunes e pela Agência de Comunicação Integrada Cásper Júnior, o Café convidou nesse mês o poeta e jornalista Heitor Ferraz e o violonista Artur Gobbi.

Musicista da Faculdade de Artes Alcântara Machado, Artur Gobbi abriu o Café interpretando duas músicas para violão solo de Aníbal Augusto dos Santos, o Garoto: Jorge do Fusa e Lamentos do Morro. A seguir, em companhia de Antônio Machado, tocou O Ovo, de Hermeto Pascoal.

Depois da introdução musical, o professor Heitor Ferraz comentou a poesia de Paulo Leminski, a partir de sua história e relação com a poesia. Para Ferraz, que começou a ler Leminski em 1983, o termo Poesia Marginal não passa de um selo e se refere somente aos poetas que publicavam à margem do mercado editorial, já que até hoje não há muito interesse pela publicação de livros de poesia. Lançado pela primeira vez por uma editora em 1970, na coleção Cantadas Literárias, da Editora Brasiliense, Leminski era dotado do mesmo ímpeto do poeta russo Maiakovsky.

Indissociável do contexto de sua época – o clima libertário dos anos 60, a tropicália e a repressão dos anos 70 –, o poeta tinha gosto pela frase direta, rima e bom humor, com um texto quase como o publicitário. Leminski chegou a trabalhar em uma agência de propaganda, que considerava um laboratório de mensagens, referindo-se a si como “um servo mecânico para um senhor mecanismo”. O humor dos poemas de Leminski era costumeiramente amargo, guardando sempre a violência para o último verso, que vinha como um tapa, mostrando um universo pós-utópico. Paulo Leminski morreu em 07 de junho de 1989, vítima de cirrose hepática.

Após a leitura de algumas poesias de Leminski, Artur Gobbi voltou ao palco, acompanhado agora da cantora Natália Serrano, com quem interpretou Canto de Ossana, de Baden Powell e Vinícius de Morais, Berimbau, também de Vinícius, e Samba Triste, de Baden Powell. Acompanhados por Antônio Machado, Artur e Natália encerraram o café de junho com Wave (Vou te contar), de Tom Jobim, e Black Coffee, de Peggy Lee.

O Café Filosófico no Trianon conta com a colaboração do Colégio Dante Alighieri, da Faculdade Cásper Líbero, da Secretaria do Verde, Copy Laser, Editora Paulus e Parque Trianon. A próxima edição do Café será realizada no Parque Trianon no dia 13 de agosto.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

A obra de Paulo Leminski no Café Filosófico no Trianon

Fernando Gonzalez

No mês dos namorados, o Café Filosófico no Trianon coloca em foco a poesia de Paulo Leminski.

O evento, organizado pelo professor da Faculdade Cásper Líbero, Francisco José Nunes, e pela Agência de Comunicação Integrada Cásper Júnior, traz, no dia 04 às 13h00, o poeta e jornalista Heitor Ferraz e o violonista Artur Gobbi.

Poeta e jornalista formado pela PUC-SP, Heitor Ferraz é professor de Jornalismo Cultural da Faculdade Cásper Líbero. Já colaborou com diversos jornais e editoras e, em 2004, publicou o livro de poemas Coisas Imediatas [1996 – 2004].

A apresentação musical dessa edição fica a cargo de Artur Gobbi, violonista da Faculdade de Artes Alcântara Machado. Gobbi estudou no conservatório Carlos Gomes e se aperfeiçoou com Fernando Lima e Cecília Siqueira. Dá aulas de violão erudito e apresenta-se constantemente em bares e restaurantes da cidade.

Iniciado em novembro de 2002, o Café Filosófico no Trianon é um evento voltado para o debate de ideias e atitudes com personalidades intelectuais, políticas, religiosas e culturais no Parque Trianon, em São Paulo. Idealizado pelo professor Francisco Nunes, o Café Filosófico no Trianon convida mensalmente palestrantes com conhecimentos específicos nos temas abordados, além de atrações musicais e artísticas. O Café Filosófico no Trianon tem o apoio da Secretaria do Verde, Colégio Dante Alighieri, Copy Laser, Faculdade Cásper Líbero, Editora Paulus e Parque Trianon.

Reflexões sobre a morte no Parque Trianon

Fernando Gonzalez

Em sua última edição, o Café Filosófico no Trianon tratou de um assunto delicado na nossa sociedade, a morte. Organizado pelo professor Francisco Nunes e pela Agência de Comunicação Integrada Cásper Júnior, o Café de maio convidou a psicóloga Ana Laura Schliemann, professora da disciplina de Tanatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

A convidada musical dessa edição foi Gabrielle Daré, aluna do primeiro ano do curso de Publicidade e Propaganda da Faculdade Cásper Líbero, que abriu o evento interpretando Roda Viva, de Chico Buarque, Telegrama, de Zeca Baleiro, Gatekeeper, da cantora canadense Leslie Feist, e Berimbau, de Vinícius de Moraes.
Na segunda parte do evento, a professora Ana Laura Schliemann convidou o público a se espreguiçar e fazer um exercício de reflexão, pensando sobre o que gostaria e não gostaria de fazer em sua última hora de vida. Schliemann comentou a necessidade das pessoas aprenderem a conviver com a morte, objetivo central da Tanatologia. A professora ressaltou também a ausência de uma definição para a Vida dissociada da ideia da Morte. Ana Laura, então, contou um pouco de sua experiência familiar com a morte, e de sua relação com um paciente terminal e sua esposa, com quem conviveu por algumas semanas. Ana ressaltou a necessidade de viver uma vida completa, evitando excessos e atitudes autodestrutivas e sem adiar nossos planos e projetos futuros, sempre com a consciência de que a nossa atitude em relação à vida depende do que estamos sentindo.

Após a palestra de Ana Laura Schleimann, o Coletivo Teatral Alteromundista encenou a intervenção Vivo-morto-morto-vivo, e Gabrielle Daré voltou ao palco para encerrar esta edição do Café.

O Café Filosófico no Trianon do mês de maio contou com a colaboração do Colégio Dante Alighieri, da Faculdade Cásper Líbero, da Secretaria do Verde, Copy Laser, Editora Paulus e Parque Trianon. A próxima edição do Café será realizada no Parque Trianon no dia 4 de junho.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Café Filosófico estuda os rumos da música no nosso século

Fernando Gonzalez

A edição de março do Café Filosófico no Trianon, evento mensal organizado pelo professor da Faculdade Cásper Líbero, Francisco Nunes, e pela Agência de Comunicação Integrada Cásper Júnior, contou com a participação da mezzo-soprano Doralice Otaviano, e do professor Marco Scarassati.

Psicóloga especializada em musicoterapia, Doralice deu início ao evento, contando um pouco da sua história e da sua participação no quarteto A Quatro Vozes. Falou da música como algo que marca o ser humano, contando que, em certas tribos africanas, todos se juntam e cantam quando descobrem quando uma mulher está grávida. Esse canto se torna a “Canção da Criança”, que a acompanhará até sua morte.

Após a palestra de Doralice, o músico e professor da Faculdade Cásper Líbero, Marco Scarassati, teceu seus comentários sobre a música no nosso século. Falou sobre o efeito da utilização em massa dos aparelhos de música portáteis, que batizou de “autismo sonoro”, e sobre a produção de música independente, que apóia abertamente.

O público compareceu em peso, lotando o auditório e obrigando alguns espectadores a sentarem no chão. Alunos de jornalismo e publicidade e propaganda e professores da Faculdade fizeram parte da platéia. A palestra foi seguida de uma apresentação do Quarteto Móbile e de uma sessão de perguntas e respostas.

O evento, que geralmente é realizado no Parque Trianon, fugiu das águas de março e foi realizado no auditório do Colégio Dante Alighieri. O equipamento de som foi fornecido pelo Colégio Dante Alighieri, as fotos ficaram por conta do Centro de Eventos da Faculdade Cásper Líbero e a gravação por técnicos da Faculdade. A próxima edição do Café será realizada no Parque Trianon em 16 de abril